quinta-feira, 3 de setembro de 2015

“Recriar” ou “Rever”?


            A inspiração para escrever este pequeno texto veio de um querido amigo que respondendo – de maneira bem humorada – uma colocação minha quanto à proposta da psicologia, levantou o seguinte questionamento: “a psicologia serve para que a pessoa recrie sua vida ou para ela rever a mesma”? Naquele momento respondi de chofre que a psicologia serve para que a pessoa recrie sua vida, pois, não sendo assim, para quê a pessoa procuraria um psicólogo? Rever o passado para ter uma explicação plausível do seu momento presente?! Bem, gostaria de ampliar um pouco melhor minha resposta dada para meu grande amigo. É claro que todo ser humano carrega sua história, não há como negá-la. Aliás, ele não só carrega o passado, mas também a possibilidade do porvir e, principalmente, o momento presente. Este, no meu entender, o momento mais importante e produtivo, pois é apenas no instante presente que o ser humano pode efetivamente fazer alguma. O passado assim serve como um álbum das suas vivências e o futuro uma abertura que pode ou não se concretizar. Então rever o passado não teria nenhuma importância? Não é bem assim. Como disse antes, o ser humano é um ser histórico e por conta dessa historicidade que ele se reconhece como um ser atuante no mundo. Rever o passado não é o problema. A questão é como ocorre essa revisão, uma vez que pessoa pode valorizar suas conquistas alcançadas ou petrificar-se na lamúria dos feitos não realizados. De qualquer maneira, é a própria pessoa quem escolhe como vai vivenciar o seu passado. Passado este – diga-se de passagem - sempre vivenciado no instante presente. E é neste aspecto que o “rever” pode contribuir para um “recriar”, ou seja, o sentimento presente no contato com as reminiscências passadas abre a possibilidade para uma nova visada, e nessa abertura que a pessoa pode escolher “recriar” sua história. Não estou falando aqui em mudança do passado, não se pode mudá-lo, mas sim mudança da própria pessoa no presente: o sentimento expresso pela vivência da situação passada servirá para ela repensar o seu momento presente. Em outras palavras, é por intermédio desse sentimento expresso no aqui e agora que a pessoa poderá alcançar uma melhor compreensão de si mesma. Compreensão esta que abre a possibilidade para ela recria-se a si mesma. Portanto, um “recriar” a partir de um “rever”, mas, acima de tudo, um “recriar” a partir da liberdade que ela é. Um re-criar a partir da sua própria escolha (ação). Um grande abraço...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

A terapia realmente ajuda?

            Afinal de contas, fazer terapia traz algum benefício para pessoa? Quantas pessoas já se fizeram essa pergunta antes de procurá-la. Aliás, a pergunta é deveras pertinente, visto que a pessoa que busca pela primeira vez a terapia, não sabe o que de fato pode ou não mudar na sua vida. Na grande maioria dos casos, a procura ocorre por uma situação específica: perda, dificuldade no relacionamento amoroso, medo, dentre outras. O certo é que alguma coisa aconteceu, fez com que a pessoa fosse buscar uma ajuda. Em outras palavras, ela não está sabendo como lidar com tal situação. Ela não está conseguindo entrar em contato consigo mesma. A vida parece que perdeu o sentido ou algo do gênero, daí sua procura por uma terapia. Mas que tipo de ajuda ela pode ter? E como ela pode reconhecer seus benefícios?
            Iniciar um processo terapêutico muitas vezes não é nada fácil. Ainda mais que a pessoa vai dividir seus problemas com outra pessoa até então desconhecida. E tal situação pode colocar em xeque o início da terapia, uma vez que se torna importante para a pessoa sentir-se acolhida pelo terapeuta. Por outro lado, cabe ao terapeuta aceitá-la nas suas dificuldades para que a própria pessoa também aceite a si mesma. Desta maneira, ela poderá entrar em contato mais direto consigo mesma. Não se trata de interpretação, mas sim de compreensão através da presença do terapeuta. Este “espelha” para a pessoa às emoções e os sentimentos captados na sua fala. É a própria pessoa quem vai compreender-se ao longo das sessões.

            Então a terapia pode ajudar? Claro que pode. Só tem um detalhe importante: não basta a pessoa compreender-se a si mesma e tudo muda. Terapia não é passe de mágica! A compreensão é o primeiro passo para uma possível mudança. Digo possível pelo simples fato de que qualquer compreensão que seja ainda não se configura como uma mudança, até porque a pessoa mesmo se compreendendo pode escolher manter sua conduta já conhecida. Torna-se então necessário o contato com o risco, pois, dessa maneira, ela poderá criar sua própria vivência. Vivência esta que amplia uma maior compreensão ao próprio respeito, ou seja: a cada situação que escolhe vivenciar, poderá, de fato, reconhecer-se no seu modo de ser. Assim, a experiência concreta passa a fazer parte da sua vida e o risco que antes era visto como uma ameaça, agora é aceito como condição para o seu desenvolvimento emocional. Portanto, a terapia pode ajudar, mas, antes de tudo, é preciso que a pessoa escolha se ajudar. É preciso AGIR para que seus benefícios sejam reconhecidos. Um forte abraço... 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Atendimento social em Albuquerque, Teresópolis-RJ. Pacote fechado por mês( quatro sessões). Para maiores informações entrar em contato:
Celular: (21)996356855 (vivo)
E-mail: solram@ig.com.br
Whatsapp: +55 21  996356855.